Através dos cristais que restam da fabricação da cocaína, é possível fabricar uma droga muito mais barata e mortal, adequada aos pobres, que será chamada crack.
Eis que os guetos negros de Los Angeles, onde o desemprego juvenil chega a 45%, pode ser inundado com o novo produto. Por cinco anos, de 1982 a 1987, os Contra nicaragüenses, com a cobertura de policiais e agentes norte-americanos despeja 100 quilos de cristais de coca semanais sobre o South Central (Obs.: total de 27 mil quilos).
O surgimento do crack na década de 1980 tem por antecedência o papel político que as drogas desempenharam nos Estados Unidos nas décadas de 1960 a 70. É nesse período que surge o Partido dos Panteras Negras, organização da classe operária e da juventude negra do USA.
(...) Além de destruir as sedes, prender e assassinar os militantes Panteras Negras (partido radical de esquerda), a CIA e o FBI passarão, em associação com narcotraficantes da América Latina (a base do atual governo colombiano) a despejar toneladas de cocaína, maconha e heroína nos bairros negros, visando a desarticulação política, levando à dissolução do Partido.”
Em 2001, Mumia Abu Jamal, ex-militante dos Panteras Negras, escreveu artigos publicados em jornais de bairros da Califórnia e Los Angeles denunciando a participação de policiais e agentes norte-americanos na distribuição de crack nos bairros pobres para destruir a população jovem e pobre, e principalmente os militantes Panteras Negras.
Para aqueles que tem alguma dúvida sobre o envolvimento do governo norte-americano com o narcotráfico, basta lembrar que na Colômbia, 6 em cada 10 políticos tem participação no tráfico de drogas, e no Afeganistão, sob governo Taliban, toda a produção de papoula (base do ópio) foi exterminada. Com a entrada das tropas norte-americanas no país, a produção de drogas voltou com força total. O jornal New York Times, citando fontes oficiais norte-americanos, denunciou que Ahmed Wali Karzai, irmão do presidente do Afeganistão Hamid Karzai, é o maior traficante de ópio do país, senhor da guerra em Kandahar, e recebe pagamentos regulares da CIA há mais de oito anos.
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